27/10/2013

Trabalho de português - Resenhas de obras literárias


De acordo com seu número de chamada será sua atividade de resenha.
(Exemplo  nº 22   atividade nº 2)

Acesse  o menu (RESENHA) neste blog, e escolha  o livro
ou  CLICA AQUI
 CAPA DIGITADA (TÍTULO AUTOR NOMES DO ALUNO)
1. NARRADOR (1ª OU 3ª PESSOA) (Retire do texto onde justifica sua resposta)
2. PERSONAGENS PRINCIPAIS 
(CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E PSICOLÓGICAS) 
3. ESPAÇO ( Onde ocorre a trama da narrativa)
4. TEMPO NA NARRATIVA
5. ENREDO ( +- 10 LINHAS Resumo com as próprias palavras )
6. AUTOR DA OBRA (BREVE BIOGRAFIA)
7. CARACTERÍSTICAS DESTA ESCOLA LITERÁRIA ( Romantismo/Realismo etc)
8. CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL ( Principais fatos históricos do período )
9. VALEU A PENA LER A OBRA?
10. O QUE VOCÊS APRENDEU COM A LEITURA?



11. web grafia (qual o site que encontrou a narrativa)
http://www.__________________________________
(Entrega: Verificar com o professor a data da entrega )

26/10/2013

Gazolina ou gasolina?

"Não foi erro": Professor explica gasolina com "z" no EnemGrafia diferente da palavra virou deboche nas redes sociais. O professor de português Rodrigo Fonseca desmistifica o erro

"Erro" foi compartilhado nas redes sociais
Uma questão da prova de Ciências Humanas e suas tecnologias repercutiu nas redes sociais no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em um texto sobre a política desenvolvimentista do ex-presidente Juscelino Kubitschek, a grafia da palavra "gasolina" com "z" ("gazolina") acabou sendo interpretada por candidatos como um erro e criticada na internet.

"Aprendi no Enem que gazolina se escreve com 'z' e não mais com 's'" ironizou uma candidata, pelo Twitter. "Se amanhã eu escrever 'gazolina' na redação, vou perder ponto?', questionou outra. "A partir do momento que a prova de história me aparece escrito 'gazolina', minha redação pode também né?" perguntou um terceiro.

Mal sabem os candidatos que a charge em questão foi produzida em 1971, ano em que a palavra possuía uma grafia diferente da atual.

O professor de português Rodrigo Fonseca explica que a palavra está de acordo com os padrões ortográficos de 71, ano da publicação. "À época gazolina era o certo, sim, e isso só viria a mudar após um acordo ortográfico, feito no mesmo ano, que definiu que toda palavra entre vogais com som de 'z' seria escrita com 's'" afirma. "Esses acordos levam cerca de cinco anos para serem efetivados, e a mudança só veio depois da charge", completa."Isso é coisa de gente que quer denegrir um processo que, até o momento, foi impecável".

19/10/2013

O Barril de "Amontillado" Edgar Allan POE


 O Barril de "Amontillado" Suportei o melhor que pude as mil e uma injúrias de Fortunato; mas quando começou a entrar pelo insulto, jurei vingança. Vós, que tão bem conheceis a natureza da minha índole, não ireis supor que me limitei a ameaçar. Acabaria por vingar-me; isto era ponto definitivamente assente, e a própria determinação com que o decidi afastava toda e qualquer ideia de risco. Devia não só castigar, mas castigar ficando impune. Um agravo não é vingado quando a vingança surpreende o vingador. E fica igualmente por vingar quando o vingador não consegue fazer-se reconhecer como tal àquele que o ofendeu. Deve compreender-se que nem por palavras, nem por atos, dei motivos a Fortunato para duvidar da minha afeição. Continuei, como era meu desejo, a rir-me para ele, que não compreendia que o meu sorriso resultava agora da ideia da sua imolação. Tinha um ponto fraco, este Fortunato sendo embora, sob outros aspectos, homem digno de respeito e mesmo de receio. Orgulhava-se da sua qualidade de entendido em vinhos. Poucos italianos possuem o verdadeiro espírito de virtuosidade. Na sua maior parte, o seu entusiasmo é adaptado às circunstâncias de tempo e de oportunidade para ludibriar milionários britânicos e austríacos. Em pintura e pedras preciosas, Fortunato, à semelhança dos seus concidadãos, era um charlatão, mas na questão de vinhos era entendido. Neste aspecto eu não diferia substancialmente dele: eu próprio era entendido em vinhos de reserva italianos, e comprava-os em grandes quantidades sempre que podia. Foi ao escurecer, numa tarde de grande loucura da quadra carnavalesca, que encontrei o meu amigo. Acolheu-me com excessivo calor, pois bebera de mais. Trajava de bufão; um fato justo e parcialmente às tiras, levando na cabeça um barrete cônico com guizos. Fiquei tão contente de o ver que julguei que nunca mais parava de lhe apertar a mão. - Meu caro Fortunato - disse eu -, ainda bem que o encontro. Você tem hoje uma aparência notável! Saiba que recebi um barril de um vinho que passa por ser amontillado; mas tenho cá as minhas dúvidas. - O quê? - disse ele - Amontillado? Um barril? Impossível! E em pleno Carnaval! - Tenho as minhas dúvidas - respondi -, e estupidamente paguei o verdadeiro preço do amontillado sem ter consultado o meu amigo. Não o consegui encontrar e tinha receio de perder o negócio! - Amontillado! - Tenho as minhas dúvidas - insisti. - Amontillado! - E tenho de as resolver. - Amontillado! - Como vejo que está ocupado, vou procurar Luchesi. Se existe alguém com espírito crítico, é ele. Ele me dirá. - Luchesi não distingue amontillado de xerez. - No entanto, há muito idiota que acha que o seu gosto desafia o do meu amigo. - Venha, vamos lá. - Aonde? - À sua cave. - Não, meu amigo, não exigiria tanto da sua bondade. Vejo que tem compromissos. Luchesi... - Não tenho compromisso nenhum, vamos. - Não, meu amigo. Não será o compromisso, mas aquele frio terrível que bem sei que o aflige. A cave é insuportavelmente úmida. Está coberta de salitre. - Mesmo assim, vamos lá. O frio não é nada. Amontillado! Você foi ludibriado. E quanto a Luchesi, não distingue xerez de amontillado. Assim falando, Fortunato pegou-me pelo braço. Depois de pôr uma máscara de seda preta e de envergar um roquelaire cingido ao corpo, tive que suportar-lhe a pressa que levava a caminho do meu palacete. Não havia criados em casa; tinham desaparecido todos para festejar aquela quadra. Eu tinha-lhes dito que não voltaria senão de manhã e dera-lhes ordens explícitas para se não afastarem de casa. Ordens essas que foram o suficiente, disso estava eu certo, para assegurar o rápido desaparecimento de todos eles, mal voltara costas. Retirei das arandelas dois archotes e, dando um a Fortunato, conduzi-o através de diversos compartimentos até à entrada das caves. Desci uma grande escada de caracol e pedi-lhe que se acautelasse enquanto me seguia. Quando chegamos ao fim da descida encontrávamo-nos ambos sobre o chão úmido das catacumbas dos Montresors. O andar do meu amigo era irregular e os guizos da capa tilintavam quando se movia. - O barril? - perguntou. - Está lá mais para diante - disse eu -, mas veja a teia branca de aranha que cintila nas paredes da cave. Voltou-se para mim e pousou nos meus olhos duas órbitas enevoadas pelos fumos da intoxicação. - Salitre? - perguntou por fim. - Sim - respondi. - Há quanto tempo tem essa tosse? - Cof!, cof!, cof! cof!, cof!, cof! O meu amigo ficou sem poder responder-me durante bastante tempo. - Não é nada - acabou por dizer. - Venha - disse-lhe com decisão. - Retrocedamos, a sua saúde é preciosa. Você é rico, respeitado, admirado, amado; você é feliz como eu já o fui em tempos. Você é um homem cuja falta se sentiria. Quanto a mim, não importa. Retrocedamos. Ainda é capaz de adoecer e não quero assumir tal responsabilidade. Além disso, há Luchesi... - Basta! - replicou. - A tosse não é nada, não me vai matar. Não vou morrer por causa da tosse. - Pois decerto que não, pois decerto - respondi -; não é minha intenção alarmá-lo desnecessariamente, mas deve usar de cautela. Um gole deste médoc defender-nos-á da umidade. Quebrei o gargalo de uma garrafa que retirei de uma longa fila de muitas outras iguais que jaziam no bolor. - Beba - disse, apresentando-lhe o vinho. Levou-o aos lábios, olhando-me de soslaio. Fez uma pausa e abanou a cabeça significativamente, enquanto os guizos tilintavam. - Bebo - disse - aos mortos que repousam à nossa volta. - E eu para que você viva muito. Novamente me tomou pelo braço e prosseguimos. - Estas catacumbas são enormes - disse ele. - Os Montresors - respondi - constituíam uma família grande e numerosa. - Não me lembro do vosso brasão. - Um enorme pé humano, de ouro, em campo azul; o pé esmaga uma serpente rastejante cujas presas estão ferradas no calcanhar. - E a divisa? - Nemo me impune lacessit(1) - Ótimo! - disse ele. O vinho brilhava no seu olhar e os guizos tilintavam. A minha própria disposição melhorara com o médoc. Tinha passado por entre paredes de ossos empilhados, à mistura com barris e barris, nos mais recônditos escaninhos das catacumbas. Parei novamente e desta vez fiz questão de segurar Fortunato por um braço, acima do cotovelo. - Salitre! - disse eu -, veja como aumenta. Parece musgo nas abóbadas. Estamos sob o leito do rio. As gotas de umidade escorrem por entre os ossos. Venha, vamo-nos embora que já é muito tarde. A sua tosse... - Não faz mal - retorquiu -, continuaremos. Antes, porém, mais um trago de rnédoc. Abri e passei-lhe uma garrafa de De Grâve. Despejou-a de um trago. Os olhos brilharam-lhe com um fulgor feroz. Riu e atirou a garrafa ao ar, com uns gestos que não entendi. Olhei-o surpreso. Repetiu o movimento grotesco. - Não compreende? - Não, não compreendo - respondi. Então não pertence à irmandade. - Como? - Quero eu dizer que não pertence à Maçonaria. - Sim, sim - disse -, sim, pertenço. - Você? Impossível! Um maçon? - Sim, um maçon - respondi. - Um sinal - disse ele. - Aqui o tem - retorqui, mostrando uma colher de pedreiro que retirei das dobras do meu roquelaire. - Está a brincar - exclamou, recuando alguns passos. - Mas vamos lá ao amontillado. - Assim seja - disse eu, tornando a colocar a ferramenta sob a capa e tornando a oferecer-lhe o meu braço. Apoiou-se nele pesadamente. Continuamos o nosso caminho em procura do amontillado. Passamos por uma série de arcos baixos, descemos, atravessamos outros, descemos novamente e chegamos a uma profunda cripta na qual a rarefação do ar fazia com que os archotes reluzissem em vez de arderem em chama. No ponto mais afastado da cripta havia uma outra cripta menos espaçosa. As paredes tinham sido forradas com despojos humanos, empilhados até à abóbada, à maneira das grandes catacumbas de Paris. Três das paredes desta cripta interior estavam ainda ornamentadas desta maneira. Na quarta parede, os ossos tinham sido derrubados e jaziam promiscuamente no solo, formando num ponto um montículo de certo vulto. Nessa parede assim exposta pela remoção dos ossos, percebia-se um recesso ainda mais recôndito, com um metro e vinte centímetros de fundo, noventa centímetros de largo e um metro e oitenta a dois metros e dez de alto. Parecia não ter sido construído com qualquer fim específico, constituindo apenas o intervalo entre dois dos colossais suportes do teto das catacumbas, e era limitado, ao fundo, por uma das paredes circundantes em granito sólido. Foi em vão que Fortunato, levantando o seu tíbio archote, tentou sondar a profundidade do recesso. A enfraquecida luz não nos permitia ver-lhe o fim. - Continue - disse eu -, o amontillado está aí dentro. Quanto a Luchesi... - É um ignorante - interrompeu o meu amigo, enquanto avançava, vacilante, seguido por mim. Num instante atingira o extremo do nicho, e vendo que não podia continuar por causa da rocha, ficou estupidamente desorientado. Um momento mais e tinha-o agrilhoado ao granito. Havia na parede dois grampos de ferro, distantes um do outro, na horizontal, cerca de sessenta centímetros. De um deles pendia uma pequena corrente e do outro um cadeado. Lançar-lhe a corrente em volta da cintura e fechá-la foi obra de poucos segundos. Ficara demasiado surpreendido para oferecer resistência. Retirei a chave e recuei. - Passe a mão pela parede - disse eu. - Não deixará de sentir o salitre. Na realidade está muito úmido. Mais uma vez lhe suplico que nos retiremos. Não lhe convém? Nesse caso, tenho realmente de o deixar. Mas, primeiro, quero prestar-lhe todas as pequenas atenções ao meu alcance. - O amontillado! - berrou o meu amigo, que se não recompusera ainda do espanto em que se encontrava. - É verdade - respondi. - O amontillado. Ao dizer isto, pus-me a procurar com todo o afã por entre as pilhas de ossos de que já falei. Atirando com eles para o lado, pus a descoberto uma quantidade de pedras e argamassa. Com estes materiais e com a ajuda da minha colher de pedreiro, comecei a entaipar com todo o vigor a entrada do nicho. Mal tinha colocado a primeira fiada de pedras quando descobri que a embriaguez de Fortunato tinha em grande parte desaparecido. A este respeito, o primeiro indício foi-me dado por um longo gemido vindo da profundidade do recesso. Não era o gemido de um ébrio. Sucedeu-se um prolongado e obstinado silêncio. Pus a segunda fiada de pedras, a terceira e a quarta. Em seguida ouvi as vibrações furiosas da corrente. O ruído prolongou-se por alguns minutos, durante os quais, para me ser possível ouvi-lo com maior satisfação, suspendi a minha tarefa e sentei-me no montículo de ossos. Quando finalmente cessou o tilintar, retomei a colher de pedreiro e completei sem interrupção a quinta, a sexta e a sétima fiadas. A parede estava agora quase ao nível do meu peito. Parei novamente e, elevando o archote acima do parapeito, fiz incidir alguns raios de luz sobre a figura que lá estava dentro. Uma sucessão de gritos altos e agudos, irrompendo de súbito da garganta da figura agrilhoada, quase me atirou violentamente para trás. Por um breve momento hesitei, tremi. Desembainhei o florete e com ele comecei a tatear o recesso, mas bastou pensar um momento para voltar a sentir-me seguro. Coloquei a mão sobre a sólida onstrução das catacumbas e fiquei satisfeito. Tornei a aproximar-me da parede. Respondi aos gritos daquele que clamava. Repeti-os como um eco, juntei-me a eles, ultrapassei-os em volume e força. Depois disto, o outro sossegou. Era agora meia-noite e a minha tarefa aproximava-se do fim. Completara já a oitava, a nona e a décima fiadas. Tinha acabado uma porção da décima primeira e última; faltava apenas colocar e fixar uma pequena pedra. Lutava com o seu peso; coloquei-a parcialmente na posição que lhe cabia. Soltou-se então do nicho um riso abafado que me arrepiou os cabelos. Seguiu-se uma voz triste que tive dificuldade em reconhecer como sendo a do nobre Fortunato. Dizia aquela voz: - Ah!, ah!, ah!, he!, he!, boa piada, de fato, excelente gracejo. Havemos de rir bastante acerca disto, lá no palácio, he!, he!, he!, acerca do nosso vinho, he!, he!, he! - O amontillado? - disse eu. - he!, he!, he!, he!, he!, he!, sim, o amontillado. Mas não estará a fazer-se tarde? Não estarão à nossa espera no palácio lady Fortunato e os convidados? Vamo-nos embora. - Sim - disse eu -, vamos-nos. - Pelo amor de Deus, Montresor! - Sim - disse eu -, pelo amor de Deus! Em vão esperei uma resposta a estas palavras. Comecei a ficar impaciente. Chamei em voz alta: - Fortunato! Não obtive resposta. Chamei novamente: - Fortunato! Continuei sem resposta. Meti um archote pela pequena abertura e deixei-o cair lá dentro. Em resposta ouvi apenas um tilintar de guizos. Senti o coração oprimido, dada a forte umidade das catacumbas. Apressei-me a pôr fim à minha tarefa. Forcei a última pedra no buraco, e fixei-a com a argamassa. De encontro a esta nova parede tornei a colocar a velha muralha de ossos. Durante meio século nenhum mortal os perturbou. 1 Ninguém me fere impunemente. 2 Descanse em paz!

POE, Edgar Allan. O Barril de Amontilado. Disponível em:<

http://www.culturabrasil.org/zip/amontillado.pdf>. Acesso em 23 fev. 2113

15/10/2013

Sabe quem foi o primeiro professor no Brasil?


Saiba mais sobre José de Anchieta, o primeiro professor no Brasil

Em 1553, chegava ao Brasil aquele que viria a se tornar o primeiro professor no país: o padre José de Anchieta, que dava aulas para índios na época da Colônia.

Sua missão era ensinar aos índios sobre o cristianismo. No entanto, ele também aprendeu o guarani, língua falada na época e que fazia parte da cultura indígena.

Para comemorar o Dia do Professor, leia reportagem publicada na "Folhinha" em junho de 1971 e conheça mais sobre a vida de Anchieta.


Padre Anchieta, o primeiro mestre-escola do Brasil

O primeiro mestre-escola do Brasil foi o padre José de Anchieta, da Companhia de Jesus, ordem religiosa que foi fundada por Inácio de Loyola, com finalidades de apostolado religioso, quer dizer, converter os gentios e educá-los para o cristianismo.


José de Anchieta chegou ao Brasil em 1553, depois de ter estudado na Universidade de Coimbra e ter feito o seu aprendizado religioso. Muito devoto da Virgem Maria, resolveu dedicar-se a ela. Tudo o que fez na vida foi em função do seu amor por ela.

Naquela época, nos campos de Piratininga, que é hoje São Paulo, o padre Manuel da Nóbrega, também jesuíta, fundou uma escola para educar os índios. Para ajudá-lo nessa missão, é o que Anchieta veio para o Brasil.

Muito jovem, mas dedicado, começou a lecionar aos índios, mamelucos (que são os filhos de brancos com índios), assim como aos brancos também. Numa cabana de barro, coberta de palha, o primeiro mestre-escola do Brasil tinha uma classe de leitura.


Além de professor, era médico, enfermeiro e advogado dos índios, isto é, quando os brancos pretendiam disfarçadamente escravizá-los, Anchieta os defendia junto às autoridades. Uma vez, depois de uma briga entre índios e brancos, enquanto se negociava a paz, Anchieta ficou como refém dos índios, em Iperoig. Durante esse tempo em que ele foi uma espécie de prisioneiro, escreveu nas areias da praia versos a Virgem Maria, que o tornaram um dos mais importantes poetas do Brasil.


Aprendeu o guarani, língua dos índios, para melhorar compreender sua maneira de viver. Escreveu a primeira gramática dessa língua. Morreu aos 64 anos de idade, ele, que viera com apenas 20 anos para o Brasil, cercado dos selvícolas, como sempre viveu. Foi o Apostolo do Brasil. E o seu primeiro mestre-escola.


http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/2013/10/1356962-saiba-mais-sobre-jose-de-anchieta-o-primeiro-professor-brasileiro.shtml


13/10/2013

Dia do professor 15 de Outubro



Como surgiu a profissão

A educação oficial no Brasil começa em 15 de outubro de 1827, com um decreto imperial de D. Pedro I, que determinava que "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". É por causa desse decreto, inclusive, que o Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. A data, contudo, só foi oficializada em 1963.

O acesso à educação, porém, ainda era muito restrito na época do Império. Apenas famílias ricas tinham condições de contratar professores para educar seus filhos. Esses profissionais ou atuavam em escolas privadas ou vendiam conhecimento de forma independente.

Apenas a partir dos anos 30, com o surgimento dos grupos escolares, foi que o ensino público gratuito passou a se organizar e atender mais alunos. Nessa época, o poder público passou a se responsabilizar efetivamente pela educação das crianças. Assim, houve a expansão e interiorização dos grupos escolares e as primeiras escolas de formação superior de professores em licenciaturas surgiram.

Fatos interessantes

- Sabia que nem sempre o ensino no Brasil foi organizado com um professor à frente do quadro negro e crianças em fileiras? Até a primeira metade do século XIX, o método era o monotorial: o professor ensinava o conteúdo a alguns alunos, que tinham mais facilidade em aprender o conteúdo. Esses alunos, os monitores, repassavam o conhecimento aos outros alunos que tinham mais dificuldades.

- A primeira escola de formação de professores em nível médio, na modalidade normal, para o ensino de alunos da Educação Básica data de 1835. A escola foi criada em Niterói (RJ). Depois disso, poucas instituições de formação foram criadas. Só no início do século XX, por volta dos anos 30, os primeiros cursos de licenciatura para formação superior de professores foram estruturados. Mesmo assim, apenas nos grandes centros urbanos da época.

- Em 1827, D. Pedro I instituiu que a educação superior seria de responsabilidade do governo imperial. O Ensino Superior era destinado exclusivamente à formação das elites do país. Foi assim até a primeira metade do século XX. Só na década de 60, o poder público passou a se preocupar com a democratização do acesso à educação.

Grandes Educadores

Paulo Freire - Paulo Reglus Neves Freire, educador pernambucano, viveu entre 1921 e 1997. Ficou conhecido pelo empenho em ensinar os mais pobres; por isso, tornou-se uma inspiração para gerações de professores. Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, a partir de suas primeiras experiências em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias. Suas principais obras foram a Pedagogia do Oprimido (1968), Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995).

Anísio Teixeira - O educador Anísio Espínola Teixeira introduziu no país o conceito de escola gratuita e para todos. O educador baiano, que viveu de 1900 a 1971, entendia a escola como uma instituição democrática, que oferecesse as mesmas oportunidades a filhos da classe alta e do proletariado. Defendia os princípios de um sistema educacional público, gratuito e obrigatório - que, mais tarde, fariam parte da Constituição. Fundou a Universidade de Brasília (UnB) e a Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (antigo nome da Capes). A participação de Anísio foi também fundamental na elaboração e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases de 1961, que definiu os rumos da educação no Brasil.

Darcy Ribeiro - Darcy Ribeiro era professor, etnólogo, antropólogo, ensaísta e romancista, nascido em Montes Claros (MG), em 1922. Formou-se em Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1946), com especialização em Antropologia. Ribeiro foi Diretor de Estudos Sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais do MEC (1957-61) e participou, com Anísio Teixeira, da defesa da escola pública e da criação da Universidade de Brasília, da qual foi o primeiro reitor. Foi Ministro da Educação e Secretário de Educação do Rio de Janeiro, quando ficou encarregado de implementar os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), escolas de tempo integral com projeto político-pedagógico inovador. Faleceu em Brasília, em 1997.



Onde trabalhar




Os dados do Censo da Educação Básica de 2009 revelam que há no país 194.546 escolas de Educação Básica, entre públicas e privadas. A maior parte das instituições - 136.329 - oferece os anos iniciais do Ensino Fundamental; outras 61.624, os anos finais. Já 25.709 têm Ensino Médio. Os estabelecimentos com Pré-Escola somam 104.224 e as creches, 41.506. As escolas que oferecem Educação Básica na modalidade Educação de Jovens e Adultos são 40.078 e as que oferecem Educação Profissional, 3.461. Nessas escolas, estudam 52 milhões de alunos da creche ao último ano do Ensino Fundamental.

Para ensinar esse enorme contingente de alunos, o censo identificou 1,8 milhão de professores de Educação Básica no país: 1,5 milhão trabalham exclusivamente na rede pública de ensino, em escolas federais, estaduais ou municipais - atuando em uma ou mais destas redes. Apenas 16,4% dos professores trabalham apenas na rede privada - um total de 309,6 mil docentes.

Além das escolas de Educação Básica que estão nos estados e municípios, os licenciados e pedagogos também podem trabalhar em instituições da rede federal de Educação Profissional e Tecnológica que oferecem Ensino Médio. São 38 institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia espalhados pelo 


Carreira e remuneração




As carreiras dos profissionais da Educação Básica são regidas pelos estatutos e planos de carreira dos estados e municípios. Contudo, tramita no Congresso Nacional o PL 1.592/2003, que busca fixar diretrizes nacionais para as carreiras dos profissionais da educação. Segundo o Consed, todos os planos de carreira dos estados estão em fase de discussão e revisão para que a profissão se torne mais atraente. Já a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) informou que cerca de 70% dos municípios brasileiros têm planos de carreira. De acordo com a lei que estabeleceu o piso para o magistério, todos os estados e municípios precisam ter planos de carreiras estruturados até 31 de dezembro deste ano.

Quanto aos salários, a Lei 11.738/08 instituiu o piso salarial profissional nacional para o magistério, única categoria profissional a ter um piso estabelecido por lei. O texto estabelece um valor mínimo de R$ 1.024,67 em 2010, reajustado anualmente, a ser pago aos professores que trabalham até 40 horas por semana e têm formação de nível médio, o que significa que os docentes de nível superior devem ter remuneração maior.

Nos institutos federais, onde também se oferece Ensino Médio, os docentes da rede tiveram a carreira reestruturada, a partir da Lei 11.784/08. Levando-se em conta a tabela vigente - distribuída entre classes e níveis - a remuneração do docente varia entre R$ 2.728,05 e R$ 8.297,16.

"Vai encarar?"

O professor está sempre errado - Jô Soares


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor! 
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta. 
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

A ORIGEM DO DIA DO PROFESSOR


Em 15 de outubro de 1827 (no dia consagrado à educadora Santa Tereza D'Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial no sentido de que "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Surgiu apenas em 1947, exatamente 120 anos após o referido decreto, a primeira comemoração de um dia todo dedicado ao Professor. Foi em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de se organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano. O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro - data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Era na Escola Normal Oficial de Piracicaba (atual Instituto de Educação Sud Menucci), onde tinha ele estudado e por onde se formavam professores para o ensino básico. O diretor, Onofre Penteado, gostou da iniciativa. A festa foi um sucesso. No ano seguinte, o jornal "A Gazeta" fez a cobertura do acontecimento, que já contava com a adesão de um colégio vizinho: o Pais Leme, que ficava na esquina da Rua Augusta com a Av. Paulista. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.


"Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro."
(D. Pedro II)


http://www.unigente.com/professor.php




DIA DO PROFESSOR


No dia de hoje, fui visitar minhas lembranças de infância lá em Governador Valadares/MG e encontrei-me com a figura da minha professora do primeiro ano primário. Dona Ester foi uma das grandes incentivadoras das minhas leituras e da minha escrita. Lembro-me das correções que ela fazia em minhas redações, das palavras de estímulo, dos convites à leitura que ela sempre nos fazia. Lembro-me que ela pedia que lêssemos uma determinada história num livro. Cada aluno ficava de pé e lia, em voz alta, o trecho pedido. E a leitura ia sendo feita, de trecho em trecho, até o final. Aqui e ali ela nos corrigia, mas sem atrapalhar o fluxo da história. Ela gostava de nos premiar com livros. Os alunos que tiravam nota mais alta ganhavam livrinhos de história como presente. Ainda hoje, lembro-me de três livros de histórias, ilustrados, que recebi como recompensa por notas boas nos estudos. E até uma caneta à tinta, com meu nome gravado.

Vocês nem imaginam a minha alegria naquela tarde em que eu voltava para casa, trazendo nas mãos três livros de historinhas infantis e uma caneta de "verdade" (sem ser de esfera, mas de pena metálica alimentada com tinta líquida). A pena era meio dourada, meio mágica, de onde saía o precioso líquido que desenhava as palavras sobre o papel.
Os livros eram: O pequeno polegar, O gato de botas e Dom Texugo. Os dois primeiros eram das edições Melhoramentos. Quanto ao outro não me lembro o nome da editora. Esses e outros livros infantis foram meus companheiros de infância. Lembro-me que eu reunia meus amiguinhos lá da rua Sete de Setembro e, sob uma árvore, eu recontava-lhes as histórias que havia lido.

Preciso registrar também uma homenagem a uma outra professora: minha irmã Noêmia que tinha sido professora na roça e que teve o grande mérito de me alfabetizar em casa, pouco antes de eu entrar para a escola.

O fato de eu já ter entrado para a escola lendo fez um grande diferencial no meu histórico estudantil, pois eu acabei sendo transferido para uma turma de alunos mais avançada, a chamada "turma dos adiantados".

Registro aqui minha homenagem a um cunhado (também chamado José) que desempenhou um papel importante para o meu amor pela leitura, pois ele me abastecia de revistas e livros que comprava, principalmente da Seleções do Reader's Digest, que sempre publicava versões resumidas de romances.

Minha professora durante os quatros do primário foi a Dona Ester. Ela acompanhou minha trajetória de leitor ao longo desse tempo, sempre me incentivando e me fazendo alçar voos cada vez maiores.

Eu gostava tanto de ler que me inscrevi numa biblioteca volante que visitava de quinze em quinze dias o meu bairro lá em minha cidade de Minas, às margens do Rio Doce. Foi assim que li "O morro dos ventos uivantes", de Emily Bronte, dentre outros livros que me marcaram. Na verdade, eu lia de tudo o que me chegava às mãos. Lembro-me de um pequeno livro (que é um fenômeno editorial, pois continua sendo editado até hoje e é o livro mais vendido no mundo depois da Bíblia): O peregrino, de John Bunyan, que narra a saga de um cristão em busca da cidade celestial. Diga-se de passagem que li precocemente a Bíblia inteira, de capa a capa, mesmo sem entender muita coisa que via ali. Mas já me encantando com a poesia que emanava dos Salmos de Davi e com as palavras de sabedoria do Eclesiastes. Cada coisa tem a sua própria estação. Há um tempo para tudo. Assim, entre o sagrado e o profano - representado pelas histórias em quadrinhos que eram contrabandeadas para dentro de casa - ia me aperfeiçoando como leitor.

Então, no dia de hoje, DIA DO PROFESSOR, ao me lembrar da minha professora lá de Minas, a Dona Ester, quero estender essa homenagem a todos os professores e a todas as professoras, de todos os níveis, pela importância do seu trabalho em nossa vida, principalmente como orientadores e incentivadores da leitura.

Bendito todos aqueles que conseguem encantar seus alunos e ajudá-los a cultivar o gosto e o prazer pela leitura e pela escrita.

Vivam todos os professores e todas as professoras desse nosso Brasil que precisa, cada vez mais, ser reconhecido como um país de leitores!!!!!
Salve o DIA DO PROFESSOR!!!!

(José de Castro, jornalista e escritor. Autor de "A marreca de Rebeca" (Paulus/SP), de "Poemares" (Ed. Dimensão/BH) e "A cozinha da Maria Farinha" (Paulinas/SP), dentre outras obras para o público infanto-juvenil.)




Um dia na feira



Um dia na feira

12/10/2013

Em Pernambuco, estudantes ainda usam pau de arara para ir à escola


Ampliar

Em Pernambuco, estudantes ainda usam pau de arara para ir à escola13 fotos

1 / 13
Povoado de Limeira, a 12 km de Panelas (PE), ainda possui transporte de alunos feito em carrocerias improvisadas para levar as crianças à escola. Na última terça-feira (8), o UOL flagrou o transporte de alunos da zona rural do município de Panelas em cima de caminhonetes indo para escolas. Foram quatro veículos fotografados trafegando pela BR-104 transportando alunos para as escolas municipais Joaquim Nabuco, Osvaldo Cruz e Pio XII Aliny Gama/UOL
O esforço de estudantes do interior do Nordeste para ter acesso à educação anda ao lado do perigo. Sem alternativas, alunos são obrigados a se locomover em cima de carrocerias de carros velhos e inapropriados para chegar à escola.
Apesar de o transporte de pessoas no compartimento de cargas de veículos ser proibido por lei, prefeituras infringem a lei e contratam caminhões e caminhonetes para levar os alunos para as escolas. 

VEJA TAMBÉM

  • Burocracia deixa 76 ônibus escolares novos parados na garagem no DF
  • No Pará, mais de 165 mil alunos vão para escola em barcos; confira
  • Nas Filipinas, alunos atravessam rio para chegar à escola
  • Na China, crianças se arriscam em precipício para ir à escola
Na última terça-feira (8), o UOL flagrou o transporte de alunos da zona rural do município de Panelas em cima de caminhonetes indo para escolas. Foram quatro veículos fotografados trafegando pela BR-104 transportando alunos para as escolas municipais Joaquim Nabuco, Osvaldo Cruz e Pio XII.
Apesar do perigo, os estudantes dizem que não deixam de estudar para que a família não perca o pagamento do programa federal Bolsa Família, que é pago baseado na frequência escolar do aluno.
A dona de casa Giuvânia Helena da Silva, 25, tem dois filhos frequentando a Escola Municipal Osvaldo Cruz. Ela conta que os filhos, de 9 e 10 anos, esperam cerca de meia hora às margens da BR-104 a caminhonete D-20, de placa MUW-5168, para irem à escola.
"Fico com medo de acontecer algum acidente, mas a gente não tem outra opção para eles irem à escola. Falei com a direção da escola no início do ano e eles disseram que era a única forma de transporte que tinham para oferecer", disse Giuvânia.
Carlos José, 10, diz não se importar em usar o "camburão", como ele chama o veículo. "Minha mãe reclama demais que a gente tem de ter cuidado, mas quando subo no camburão eu nem ligo e vou para escola 'tirando onda' com os meninos. Já pensei em deixar de estudar porque ficar nesse sol quente dá dor de cabeça, mas é até divertido ir brincando em pé no carro", contou.
Sua irmã, Cícera Carla, diz já ter visto ônibus passando pela BR-104 com estudantes, mas de outra cidade. "A gente que é menina vai para a parte do fundo porque é menos perigoso de cair, mas eu queria mesmo era ir de ônibus. É o meu sonho chegar na escola sem poeira e ainda não correr risco de se acidentar", disse a garota de 9 anos.
A agricultora Raimunda Maria da Silva, 53, também afirmou que fica preocupada com o transporte dos dois filhos, mas prefere que eles se arrisquem a que "fiquem sem estudo". "A gente tem de se esforçar para ser alguém na vida. Quando eles sobem no carro começo a rezar até a hora deles voltarem para casa e assim vamos entregando na mão de deus."
Sivoneide Helena da Silva, 26, disse que recomenda para os filhos se comportarem e irem sentados na carroceria da caminhonete que os leva até a Escola Municipal Osvaldo Cruz. "Gostaria muito que eles fossem de ônibus, mas o transporte que é usado aqui na região são essas caminhonetes. Pelo menos o motorista diz que dirige devagar".
UOL acompanhou parte do trajeto feito pela caminhonete F-1000, de placa AZO-2152, na BR-104 e em estradas vicinais para levar os alunos da zona rural de Panelas para a Escola Municipal Pio XII. 
Num dos pontos de parada para pegar outros estudantes, a reportagem conversou com o motorista do veículo, que se recusou a dizer o nome, e justificou que o "ônibus quebrou e a prefeitura o contratou temporariamente para o serviço".
"Deixe meu trabalho e vá fazer matéria dessa seca aqui na região, mas tome cuidado para não levar um tiro porque aqui é perigoso", disse o motorista, tentando intimidar a reportagem.
De acordo com o do Código de Trânsito Brasileiro, o artigo 230, inciso II, regimenta que a infração é gravíssima e o condutor do veículo levará sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), além de ser multado e ter o veículo retido.
UOL entrou em contato com a prefeitura de Panelas, nessa quinta (10) e sexta-feira (11), mas a secretaria de Educação do município não respondeu à reportagem até a publicação da matéria.

Acidentes

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), não existe uma estimativa do número de acidentes com caminhões pau de arara nas estradas brasileiras, porém a ocorrência de sinistros é comum no Nordeste.
Uma criança de 9 anos caiu de uma caminhonete D-20 no dia 19 de setembro deste ano enquanto era transportado para a escola, no município de Várzea Grande (a 547 km de Teresina).
O menino estava sentado na carroceria do veículo com mais 20 crianças, não conseguiu se segurar na carroceria e caiu da caminhonete. Ele sofreu traumatismo craniano e teve de ser operado. 
A prefeitura de Várzea Grande justificou que o transporte de estudantes em cima de carrocerias de veículos ocorre quando os ônibus que prestam serviço ao município quebram e não existe outro transporte disponível.
Um outro acidente envolvendo transporte irregular de alunos ocorreu no município de Apodi (a 335 km de Natal) em julho deste ano. Uma criança de 7 anos foi atropelada por um caminhão pau de arara, que transportava estudantes, enquanto esperava o mesmo transporte escolar na zona rural de Apodi. O menino teve fratura no fêmur e na região da bacia.
Na época, seis carros faziam o transporte de alunos em cima das carrocerias. Em contato com a prefeitura de Apodi, o UOL foi informado, nesta quinta-feira (10), que depois do acidente o transporte de estudantes é feito por ônibus escolares.

Caminho da Escola

O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) informou que destinou R$ 1,26 bilhão a municípios e Estados do Nordeste do Programa Caminho da Escola, entre janeiro de 2011 e agosto de 2013, para aquisição de 6.371 ônibus escolares.
Segundo o FNDE, são repassados recursos federais a municípios e Estados para serem usados na manutenção do transporte escolar ou terceirização do serviço.  "Os entes beneficiados com os recursos precisam prestar contas sobre o uso desses recursos." Ainda de acordo com o FNDE, caso seja comprovado o uso indevido dos recursos, os valores terão de ser devolvidos e as contas podem ser julgadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) com a abertura de uma tomada de contas especial.

06/10/2013

Filmes brasileiros grátis











Clica no link  abaixo

169 FILMES BRASILEIROS COMPLETOS


Os três companheiros - Luís da Câmara Cascudo

-


Conto folclórico, texto de Luís da Câmara Cascudo



Um bombeiro, um soldador  e um ladrão eram muito amigos e resolveram viajar por esse mundo para melhorar a vida. Tinham eles um cavalo encantado que respondia todas as perguntas. Chegaram a um reinado onde toda gente estava triste porque a princesa fora furtada por uma serpente que morava no fundo do mar.  Os três companheiros acharam que podiam fazer essa façanha e consultaram o cavalo.  Este mandou o soldador fazer um bote de folhas de Flandres. Meteram-se nele e fizeram-se de vela.

Depois de muito navegar deram num ponto que era o palácio da serpente. Quem ia descer? O bombeiro não quis nem o soldador. O ladrão agarrou-se na corda que os outros seguravam e lá se foi para baixo. Pisando chão, viu um palácio enorme guardado por uma serpente que estava de boca aberta. O ladrão subiu depressa, morrendo de medo. Voltaram para casa e foram perguntar ao cavalo o que era possível fazer. O cavalo ensinou que a serpente dormia de boca aberta e quando estava acordada ficava com a boca fechada. Debaixo da cauda tinha a chave do palácio. Quem tirasse a chave, abrisse a porta, encontrava logo a princesa.  Os três amigos tomaram o bote de folha de Flandres e lá se foram para o mar.

Chegando no ponto os dois não queriam descer. O ladrão desceu e, como estava habituado, furtou a chave tão de mansinho que a serpente não acordou. Abriu a porta, entrou, foi ao salão, encontrou a princesa, disse que vinha buscá-la e saíram os dois até a corda. Agarraram-se e os dois puxaram para cima. Largaram vela e o bote navegou para terra.

Quando estavam no meio dos mares a serpente apareceu em cima d'água, que vinha feroz. Que se faz? Era a morte certa. – Deixa vir, disse o bombeiro. Quando a serpente chegou mais para perto, o bombeiro tirou uma bomba e jogou em cima da serpente. A bomba estourou e a serpente virou bagaço. Na luta, o bote fura-se e a água estava entrando de mais a mais, ameaçando ir tudo para o fundo do mar.

Que se faz? Morte certa! Deixe comigo – disse o soldador. Tirou seus ferros e soldou todos os buracos e o bote navegou a salvamento até a praia.

Chegaram no reinado recebidos com muitas festas pelo rei e pelo povo. O rei deu muito dinheiro aos três mas o ladrão, o bombeiro e o soldador queriam casar com a princesa.


– Se não fosse eu a princesa estava com a serpente! Dizia o ladrão.

– Se não fosse eu a serpente devorava todos, dizia o bombeiro.

– Se não fosse eu iam todos para o fundo do mar! Disse o soldador.


Discute, discute, briga e briga, finalmente a princesa escolheu o ladrão, que era seu salvador e este pagou muito dinheiro aos dois companheiros. O ladrão casou e mudou de vida e todos viveram satisfeitos.

-

-

Em: Contos Tradicionais do Brasil (folclore) de Luís da Câmara Cascudo, Rio de Janeiro, Ediouro:1967

 

Veja (e evite) 10 erros comuns de português na hora de escrever uma redação



Saber argumentar e ser coerente é essencial para um bom texto. Mas, segundo a professora de redação do Cursinho do XI, Vivian D’Angelo Carrera, o maior problema das redações da maioria dos alunos ainda são os erros gramaticais.
Ela listou os dez mais comuns para você ficar atento na hora da prova:




Erros ligados à semelhança sonora:


1. “Isso não tem haver” no lugar de “Isso não tem a ver”.
2. “Ele não sabe lhe dar com o problema” em vez de “Ele não sabe lidar com o problema”.
3. “As pessoas encontrão situações complicadas” no lugar de “As pessoas encontram situações complicadas”.
4. “A situação foi mau resolvida” e “ Ele é um mal elemento” no lugar de “A situação foi malresolvida” e “ Ele é um mau elemento”. (“Mau” é o oposto de “bom“; “mal” é o oposto de “bem“. Na dúvida, troque a palavra pelo seu oposto e veja qual se encaixa melhor).
5. “O governo não investe como deveria em educação, mais cobra muitos impostos” em vez de “O governo não investe como deveria em educação, mas cobra muitos impostos”.
Outros erros do tipo: consiente (consciente), siguinificar (significar), extresse (estresse), supérfulos (supérfluos).
Há também os erros envolvendo junção de elementos: incomum (em comum), concerteza (com certeza), encontra partida (em contrapartida), apartir (a partir), porisso (por isso).
6. Erros causados pelo mau uso das regras gramaticais:
Uso do onde (pronome relativo de lugar) ligando ideias que não têm a ver com lugar.
“A amizade é algo presente na vida de todos, onde muitos se esquecem disso”.
7. Mau uso dos pronomes demonstrativos
“É necessário conhecer as próprias limitações. Isto deve ser feito aos poucos”. (O correto seria isso, por fazer referência a uma ideia anteriormente apresentada. “Isto” deve ser usado quando se refere a uma ideia que será apresentada em seguida).
“A população conhece os problemas do Brasil, e a mesma também sabe como resolvê-los. (Apesar de muita gente usar, o pronome mesmo não pode substituir um substantivo. O correto seria “A população conhece os problemas do Brasil, e ela também sabe como resolvê-los.”).
8. Erros de concordância com verbos que não permitem o plural ou uso de singular quando o verbo deve ir para o plural.
“Fazem dois anos que ninguém resolve o problema.” (Os verbos fazer e haver, quando indicam tempo cronológico, não se pluralizam).
O correto seria: “Faz dois anos que ninguém resolve o problema”.
Encontra-se saídas” em vez de “Encontram-se saídas”. (Neste caso, o verbo concorda com o sujeito. Na dúvida, veja se dá para usar a voz passiva: “Saídas são encontradas”. Se for possível, o verbo deve ir para o plural).
Obs.: O verbo ter, para concordar com o sujeito plural, recebe acento circunflexo.
As pessoas têm o direito de votar.
9. Erros de regência
“Desigualdade social implica em desemprego” em vez de “Desigualdade social implica desemprego”. (Implicar é transitivo direto no sentido de acarretar).
10. Pleonasmo
“Aconteceu uma manifestação  dez dias atrás, então é necessário criar novas saídas para as discussões.” (Ou se usa há ou atrás. Criar e novas também trazem a mesma ideia, então o certo seria usar apenas uma das duas).

Para evitar esses e outros erros, a dica é ler muito (assim você assimila naturalmente as regras gramaticais e “decora” a escrita correta das palavras) e treinar a escrita. Falando nisso, já fez a redação com o tema da semana? 



A proposta de redação desta semana foi tirada do vestibular de inverno 2013 da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Leia as instruções:
TEXTO
O texto a seguir aborda uma temática social contemporânea: medo e fobia. Tendo-o como apoio, redija o gênero textual solicitado.


Medos e fobias
Rosa Basto
Sentir medo é normal. As situações desconhecidas podem levar-nos a algum tipo de ansiedade que provoca algum tipo de medo. Ter medo pode ser definido como uma sensação de perigo, de que algo mau possa estar para acontecer, em geral acompanhado de sintomas físicos que incomodam bastante. Esse tipo de medo ajuda-nos a precavermos as situações para não sermos afetados e, dessa forma, preparamo-nos. Chama-se a isso ansiedade funcional. Quando esse medo é desproporcional à ameaça, por definição irracional, com fortíssimos sinais de perigo, e também seguido de tentativas de se evitarem as situações causadoras de medo, é chamado de fobia (…).
De forma breve, as fobias referem-se ao medo excessivo de um objeto, de uma circunstância ou de uma situação específica, fazendo parte do quadro de perturbações de ansiedade. Existem três grandes tipos de fobias: fobia específica, fobia social e agorafobia. A fobia específica é o medo intenso e persistente de um objeto ou de uma situação (medo de cães, medo de andar de elevador, medo de avião, medo de dirigir, medo de cobras, medo de aranhas etc.), enquanto a fobia social é o medo intenso e persistente de situações em que possam ocorrer embaraço e humilhação (medo de falar em público, medo de ser observado e avaliado, medo de se expor etc.). Já as pessoas com agorafobia evitam situações em que seria difícil obter ajuda, preferindo a companhia de um amigo ou de um familiar, em espaços fechados, ruas movimentadas ou locais que as façam se sentir encurraladas (shoppings, túneis, pontes, rodovias etc.) (…).
Nas fobias, as causas são bastante variadas. Como em todas as perturbações mentais, há heterogeneidade de causas. A patogenia das fobias, quando compreendida, pode-se mostrar como um modelo de interações entre fatores genéticos, por um lado, e fatores ambientais, por outro. Com relação aos fatores genéticos, segundo Otto Fenichel, as fobias específicas tendem a ocorrer em famílias. Estudos relatam que de dois terços a três quartos das pessoas afetadas têm, pelo menos, um parente de primeiro grau com fobia específica do mesmo tipo. Também os parentes de primeiro grau dos indivíduos com fobia social têm cerca de três vezes mais probabilidades de serem afetados do que parentes de indivíduos sem perturbação. Quanto aos fatores ambientais, são geralmente associados a estados de ansiedade generalizada devido às grandes pressões de caráter social. A competitividade nos dias de hoje leva ao tão famoso stress. Esse, por sua vez, desencadeia todo um processo de aceleração da produção de cortisol no organismo, que provoca aumento da ansiedade, generalizando-a. Pessoas que vivem em ambiente de risco também estão mais expostas às perturbações de humor e de ansiedade, podendo desenvolver mais facilmente acesso às fobias.

(Texto adaptado de http://rosabasto.com/pdf/revista_top_winner_Outubro_medos_e_fobias.pdf>. Acesso em 18/3/2013.)

Redija um RESUMO, em até 15 linhas, apresentando as informações principais do texto Medos e fobias, de Rosa Basto. Lembre-se de que, em um resumo, são expostas as ideias principais do texto. Você não pode copiá-las literalmente nem deve expressar sua opinião e/ou comentário sobre elas.

Você pode enviar seu texto até quarta-feira, dia 9 de outubro, para o e-mail: redacaoguia@gmail.com. Coloque seu nome completo, idade e cidade. Ele poderá ser avaliado e publicado aqui no blog.
Importante: apenas uma redação será corrigida, mas não fique chateado. Lembre-se de que a melhor forma de se preparar para a prova de redação é treinando, certo?